terça-feira, 6 de novembro de 2012

IV Semana Pedagógica no INES


Prezados colegas,
Temos o prazer de divulgar a IV Semana Pedagógica a se realizar nos dias 26, 27 e 28 de novembro, de 14h às 21h, no auditório central do INES.

Inscrições e informações: http://semanapedagogica.ines.gov.br


Fôlder do evento




segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Relato - oficinas 2012

Oficinas para professores na UERJ


Foram desenvolvidas três oficinas para docentes de língua portuguesa e graduandos do curso de Letras. A proposta de cada uma foi debater questões sobre a fundamentação teórico-metodológica que subsidiasse a aplicação de uma proposta de ensino de LP para alunos surdos em salas de inclusão. Nas oficinas, foram utilizadas dinâmicas de grupo, exposições dialógicas e atividades lúdico-educativas. Foram tratados os seguintes temas: informações gerais sobre surdez e a Língua de Sinais; análise e adaptação de materiais didáticos; avaliação crítica de materiais existentes e elaboração de materiais para ensino de português como L2 para alunos surdos. A metodologia adotada para a organização das oficinas foi: a) seleção da bibliografia acerca do assunto; b) busca e coleta de materiais didáticos destinados a alunos surdos; c) produção de cartazes e fôlderes para divulgação; d) organização e elaboração das atividades da oficina; e) acompanhamento da inscrição on-line dos participantes; f) realização do controle de frequência dos participantes (75%) para emissão de certificados.

Nossa primeira oficina teve como objetivo sensibilizar os professores e graduandos para questões relativas a impedimentos sensoriais e fornecer informações gerais sobre surdez e a Língua de Sinais. Iniciamos a oficina com a "Dinâmica do quebra-cabeça", jogo em que cada grupo tinha que montar um quebra cabeça com uma “limitação”. As “limitações” eram: um grupo não podia falar, um grupo não podia andar, um grupo só podia trocar peças e um grupo só podia recebê-las. Essa dinâmica foi importante para que os participantes tivessem a experiência de que as diferenças não impedem que nossos objetivos sejam alcançados. Em um segundo momento, foram exibidos trechos do documentário "Travessia do Silêncio", de Dorrit Harazim, que mostra a relação dos surdos com o mundo dos ouvintes. Houve um debate sobre os casos mostrados e todos puderam compartilhar suas opiniões e sentimentos a respeito desse mundo. Por fim, entregamos uma cartilha sobre surdez para que todos pudessem ter mais informações sobre a área.

Nossa segunda oficina teve como objetivo analisar e adaptar materiais didáticos de diferentes tipos, reconhecendo sua ênfase na descrição ou no uso da língua. Em um primeiro momento, trabalhamos com o conceito de material didático e qual a sua importância, destacando as diferenças e semelhanças do MD para ouvintes e para surdos. Depois, fizemos uma dinâmica, utilizando Cine Gibi da Turma da Mônica, para mostrar a necessidade do uso da adaptação do material didático para auxiliar no processo de aprendizagem. Em seguida, trabalhamos com questões relacionadas a adaptação de materiais, destacando possíveis movimentos e mostrando exemplos de materiais adaptados. Por último, distribuímos diversos materiais a serem adaptados e debatemos possíveis modificações para que fosse possível aproveitá-los para alunos surdos. 

Nossa terceira oficina objetivou avaliar criticamente materiais existentes, apontando o alinhamento que estabelecem com diferentes contextos de ensino, e elaborar materiais para contextos de ensino de português como língua segunda língua para alunos surdos. Inicialmente, fizemos uma dinâmica com o material didático descontextualizado para mostrar a necessidade de adequação do material ao contexto escolar. Em um segundo momento, revisamos os conceitos trabalhados anteriormente e trabalhamos com materiais adaptados, analisando-os de acordo com os critérios de avaliação estabelecidos. Depois, mostramos textos de diversos gêneros e propomos que os participantes elaborassem materiais e os apresentassem para os demais. Para o encerramento das oficinas, fizemos uma pesquisa de opinião com todos os participantes para sabermos as opiniões sobre os materiais apresentados e as dinâmicas feitas. 

Avaliação dos resultados

Os processos de avaliação são indispensáveis para garantir o êxito de qualquer projeto. Foram elaboradas avaliações tomando como base, por um lado, o acompanhamento de implementação e desenvolvimento das oficinas e, por outro, a avaliação das atividades da oficina por parte dos participantes. No primeiro processo avaliativo, buscou-se verificar os aspectos de inovação pedagógica, assim como seus efeitos positivos e pontos críticos. Uma das formas de avaliação utilizada foi o método de fracionamento do projeto em conjunto de atividades, observando a previsão das ações a serem implementadas e os prazos envolvidos para a execução das mesmas. Outro instrumento avaliativo empregado foi a realização de um portfólio, em cada bloco de atividades, de todas aas atividades desenvolvidas referentes ao projeto, além de um relatório parcial da etapa em que se encontra. Já o segundo processo contou com uma pesquisa de opinião, na qual cada participante deveria pontuar (de 1 a 5) a qualidade do material e dos conceitos apresentados, a pertinência das atividades e a eficácia das discussões desenvolvidas. 

Os indicadores avaliativos das oficinas conjugados com os do acompanhamento das atividades mostraram-se ideais para que pudéssemos avaliar se as propostas estão cumprindo seus respectivos objetivos e tenhamos o conhecimento de quais atividades funcionaram e quais dinâmicas que ainda precisam ser adaptadas. A fim de registrar os diversos fazeres implementados, foram utilizados instrumentos avaliativos visando à intervenção e ao (re) planejamento de ações, a saber: a) roteiro de planejamento das atividades desenvolvidas; b) fichas de inscrição, avaliação e acompanhamento das oficinas; c) lista de presença dos participantes; d) mapa de atendimento e relatório das atividades; e) questionários avaliativos acerca do trabalho desenvolvido (pesquisa de opinião).



                             Vanessa Gomes, Angela Baalbaki e Catarina Modesto , integrantes do projeto. 

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Oficinas sobre Material Didático - 2012

Inscreva-se nas oficinas! São apenas 20 vagas! Garanta a sua!

Para solicitar sua  inscrição, envie por e-mail  seu nome completo e o perfil no qual deseja se     inscrever (Aluno de Graduação ou Professor), que enviaremos a ficha de inscrição para seu e-mail.




 As inscrições são gratuitas!!

terça-feira, 21 de agosto de 2012

O alfabeto manual


O alfabeto manual não é a língua de sinais, como muitos confundem. Esse alfabeto é utilizado para soletrar manualmente as palavras e é um recurso utilizado pelos falantes da língua de sinais para soletrar nomes próprios de pessoas ou lugares, siglas e algum vocábulo que ainda não tenha um sinal na língua de sinais.

Letra C, em Libras.

Porém, soletrar não é um meio que possua um fim em si mesmo. Palavras que comumente são soletradas podem e, geralmente, são substituídas um sinal.
No Brasil, o alfabeto manual é formado de 27 formatos (incluindo o grafema ç que é a configuração da letra c com movimento trêmulo).
Na imagem a seguir, além de observar o alfabeto manual, podemos visualizar a configuração de mãos para os numerais.

Alfabeto Manual e numerais em Libras.

Por ser uma convenção, o alfabeto manual é configurado de forma específica nas línguas de cada país. O alfabeto manual britânico, por exemplo, é feito com as duas mãos. Existe também o alfabeto manual para surdos-cegos, que assim como o britânico é configurado pelas duas mãos, com a diferença de que os surdos-cegos precisam pegar na mão do interlocutor para “apalpar” o sinal.



segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Atenção! Língua de sinais não é a mesma coisa que o gestuno!


O gestuno é uma língua artificial de sinais conhecida como língua de sinais internacional, cujo objetivo é estabelecer a comunicação internacional.
As línguas artificiais são línguas construídas e estabelecidas por um grupo de indivíduos com algum propósito específico.
A comunidade surda, em sua maioria, não considera o gestuno uma língua “de verdade”, já que ela foi planejada, inventada e adaptada.
A língua de sinais dos surdos é natural porque evoluiu como parte de um grupo cultural do povo surdo.

Mais uma dica de livro: Manual para Ensinar Português para Alunos Surdos


Manual para Ensinar Português para Alunos Surdos


Pessoal, eis aí mais um livro para o ensino de língua portuguesa aos surdos. Clique no link abaixo e confira!


Bom estudo e até a próxima!!!


Dica de livro para ensino de Língua Portuguesa para surdos I.


terça-feira, 7 de agosto de 2012

Um pouco da história da língua de sinais...


Durante séculos, os surdos foram privados de se comunicarem em sua língua natural. Muitas escolas proibiam o uso da língua de sinais para a comunicação entre os surdos, forçando-os a falar e fazer leitura labial. Quando desobedeciam eram castigados fisicamente, e tinham suas mãos amarradas dentro das salas de aula.
Em 1880, no famoso Congresso de Milão, Alexandre Graham Bell pregava que a surdez era uma aberração para a humanidade, pois perpetuava características genéticas negativas. Ele era adepto convicto da oralização, ou seja, apoiava a ideia de que os surdos deveriam ser forçados a aprender a língua oral.Nesse contexto, qualquer tipo de contato entre surdos passou a ser proibido, visto como uma medida preventiva para a “salvação” da raça humana.
Várias implicações sociais, políticas, educacionais, psicológicas e linguísticas percorrem na proibição do uso da língua de sinais. Porém, o que a história mostra é que apesar da difícil trajetória, essa língua continua viva; e não morrerá! Enquanto existirem dois surdos compartilhando o mesmo espaço físico, existirá a língua de sinais.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

LIBRAS?


 LIBRAS é a sigla da Língua brasileira de sinais. Essa é a língua usada pelos brasileiros surdos para interagirem entre eles e entre os ouvintes que sabem essa língua nacional de sinais. Exatamente! Nacional. É muito comum pensar que todos os surdos falam a mesma língua em qualquer lugar do mundo, mas a libras não é universal. Assim como acontece nas comunidades de línguas orais, cada país tem sua(s) própria(s) língua(s) de sinais. Por exemplo, nos Estados Unidos, os surdos utilizam a língua americana de sinais, no Japão, a língua japonesa de sinais e assim por diante.